Historia de Coxixola - PB


SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO

Coxixola está localizada em uma planície situada entre a Serra da Palmatória (500m de altitude) ao Sul; a Serra da Coroa Branca (500m de altitude) ao Norte; e o Serrote do Bois (450m de altitude) ao Leste. É margeada pelos riachos Espinheiro e Mata Pasto ao Oeste; daí a preferência dos vaqueiros para aqui pastorear o gado. O município está localizado na região do Cariri paraibano, Nordeste do Brasil, limitando-se a Norte com Serra Branca, ao Sul com Caraúbas e Congo, ao Leste com São João do Cariri e a Oeste com Serra Branca. Cochichola teve sua grafia alterada para Coxixola, pelo decreto-lei estadual nº 1010, de 30-03-1938.

ÁREA E POPULAÇÃO

A área ocupada é de 173,942 km² e sua população é de 1.824 (Censo 2022) e a densidade demográfica é de 10,49 habitante por quilômetro quadrado.

VAMOS FAZER UM COCHICHOLO?

Segundo a tradição oral, alguém que passava do lado Sul de Coxixola encontrou caboclos que batiam tijolos e quando interrogados sobre o motivo do trabalho, responderam: Vamos fazer um cochicholo! Construído o pequeno chalé, reuniam-se para comer, dançar e rezar. Segundo essas informações, admite-se então, que o povoado teve início em sua parte Sul. Enquanto na parte norte do riacho Espinheiro, morou o senhor Félix Tito, trineto e vaqueiro do capitão Domingos de Farias Castro, português natural de Cheleiros; distante poucas léguas de Lisboa – Portugal. Ele veio em 1700 possuir terras e gado no Brasil, adquirindo terras dos Oliveira Ledo que aqui chegaram em 1660 e se estabeleceram numa grande sesmaria de 5 léguas de comprimento por 10 de largura; acompanhando o rio Paraíba e assim, firmando currais e fazendas que se transformariam em povoados como Campina Grande, Cabaceiras e Boqueirão. O capitão Domingos teve dez filhos e entre eles existiram duas filhas que geraram descendentes que possuíram terras ou moraram em Coxixola. A filha Izabel Rais de Faria foi casada com José da Costa Romeu. Quando ela faleceu, o senhor José casou-se com Izabel Bezerra de Melo, sendo os pais de Hilário da Costa Romeu que nasceu em 1763 e morreu em 1845. Destacamos assim, a descendência do nosso 1º habitante, nascido em 07/05/1797; filho de Hilário da Costa Romeu e de Antônia Caetana de Santaana. O major Domingos foi pioneiro no Cariri na utilização da prensa para enfardamento do algodão; era proprietário de muitos bens, foi senhor de escravos (dezesseis). Ele morreu em 1878 e sua mulher em 1885.Mas deixou aqui o Major Domingos II que deu continuidade às obras. Na época, habitaram algumas famílias como a família Tito que tem vários descendentes como Miguel Félix, Joaquim Vicente Evaristo e também os Pelados conhecidos por Canelas, entre eles: Abílio Canela, Inácio e Manoel Pelado. Quando o senhor Domingos II daqui se retirou em 1892, vendeu as terras ao senhor Zeca Cipriano que foi casado com dona Florzinha com quem teve dezessete filhos. O mais novo o senhor João Zeca nascido em 09/05/1902 e falecido em 22/12/1999, contava que seu pai adquiriu o vapor de algodão que era a ocupação de todos os filhos; tropeiros que descaroçavam o algodão e o conduziam para Campina Grande em burros que ficavam amarrados no local onde hoje é a Praça da Bandeira. Entre esses filhos, havia uma tradição e só se casarem com pessoas da mesma família. Entretanto, o sr. João Zeca quebrou a tradição casando com uma jovem da família Firmino (D. Chica) e Francisco Zeca que se casou com Joaquina, também da família Firmino.

MARCO HISTÓRICO

1910 – Início da construção da 1ª igreja no centro da cidade.

1911 – Samuel Antão, abre a primeira padaria.

1912 – Monsenhor Assis celebra a 1ª missa.

1913 – O senhor Zeca e seus filhos constroem o “chalé” , atual Casa Paroquial.

1915 – Foi construído o Mercado Público onde ocorre as feiras locais, sempre as segundas-feiras.

1920 – Foi instalada a agência dos Correios e o sr. João Lucas compra um carro, precedente de Sucuru que veio trazer Etelmiro Amorim, que abriu a 1ª padaria.

1921 – Em 18 de novembro, com a lei 540, cria-se o distrito de Coxixola pertencendo a São João do Cariri. Em 24 de dezembro, uma pessoa nascida em 27/01/1919 foi registrada no cartório de Registro de Coxixola.

1922 – O governador Solon de Lucena veio à Coxixola, mudou o nome do lugar para São José de Lucenópoles (homenageando o nome do padroeiro e também a si próprio), mas o nome permaneceu até 15 de junho de 1923, pois não atendia aos gostos coxixolenses.

1930 – Provável início da influência Gaudencista, quando os partidos Perrepista e Liberal se confrontavam. A família do sr. Zeca Cipriano aliou-se ao partido perrepista e aos Gaudêncio; refugiando-se em São João do Cariri, pois foram perseguidos. O partido dos liberais era composto pela família Bento.

1939 – Chega o primeiro rádio Phillips holandês e o povo fica até altas horas da noite ouvindo a BBC de Londres com as notícias da 2ª Guerra, na mercearia do sr. Cícero Zeca.

1941 – Instala-se a 1ª farmácia (Sr. Cícero Zeca)

1943 – Chega a 1ª máquina de escrever (Sr. Cícero Zeca)

1950 – Construção do grupo escolar na gestão do prefeito Joaquim Gaudêncio

1951 – Instalação do telégrafo

1952 – Em 16 de fevereiro, instalação de luz elétrica a motor

1960 – Coxixola passa a pertencer a Serra Branca quando esta se emancipou de S. João do Cariri

1964 – Chega o º televisor (Sr. Expedito Ramos)

1965 – Inauguração da primeira difusora doada pelo prefeito Álvaro Gaudêncio Filho.

1967 – Instalação do poço Sudene

1970 – Criação de um centro social, hoje extinto; sendo Edival Alixandre o primeiro presidente.

1972 – Instala-se a Unidade sanitária tendo como chefe Terezinha de Quinca

1973 – Inicia-se a construção da igreja do alto sob orientação do Pe. Antônio Apolinário.

1974 – Criação da Sucursal do Ginásio Comercial de S. Branca. Em 05/10/1974 instala-se a luz elétrica de Paulo Afonso pelo prefeito Juarez Maracajá.

1977 – Conclusão da 1ª turma do colégio e conclusão da igreja do alto.

1978 – Inaugurado o Posto de Saúde. Em 16 de agosto do mesmo ano, saneamento da vila com água do açude de Lagoa de Cima.

1982 – Inauguração do Mercado Público na administração de Wamberto Torreão Filho

1985 – Inaugurado o Posto telefônico em 26 de março na administração de Juarez Maracajá.

1986 – Foi saneada e iluminada a ova rua de Coxixola (Alto) que recebeu o nome de Joaquim Zeca. Em 14/04 deste ano foi fundada a Associação Comunitária São José em convênio com o Banco do Brasil. Fatos realizados pelo primeiro prefeito filho de Coxixola: Sebastião Bezerra de Souza (Tião), eleito prefeito de S. Branca em 1988.

1987 – Instalado o posto de combustíveis São José (Manoel de Cícero)

1988 – A Associação comunitária recebe uma ambulância e um trator.

1989 – A pedra fundamental do calçamento foi colocada em 19 de março pelo Sr. João Zeca, na gestão do prefeito Tião.

1990 – Instalação da Escola Estadual de 1º Grau Manoel Honorato Sobrinho desmembrada da Escola de S. Branca.

1991 – Reconstrução do Posto de Saúde, recebendo o nome de Cícero José das Neves.

1992 – Boatos de uma epidemia de cólera assustaram a população coxixolense e aconteceu um teste para escolher três agentes comunitários de saúde: Alessandro Apoli- nário, Givaldo Limeira e Sônia Albuquerque.

1993 – Acontece um grande sufoco na população urbana com a falta de água nas torneiras e neste mesmo ano, o povo aguarda com ansiedade o Plebiscito que seria realizado em 15 de novembro para votarem SIM ou NÃO quanto à emancipação política. No total 591 eleitores disseram SIM!

1994 – No dia 29 de abril, o governador Cícero Lucena sancionou a lei que tornou Coxixola “cidade”. No dia 05 de maio do mesmo ano, essa lei foi publicada no diário oficial do estado.

1995 – O prefeito de S. Branca inaugura em Coxixola um laboratório de análises clínicas.

1996 – Acontece a 1ª eleição em que foi eleito o prefeito Givaldo Limeira e a vice-prefeita Maria da Paz Neves (PFL) que disputaram o pleito com o sr. José Dudu de Amorim e sr. Biu Maria (PMDB)com uma diferença de 22 votos. Para a Câmara Municipal foram eleitos: Alessandro Apolinário, Alexandre Neves, Genilson Santos, Genival Batista, Zé de Galego, Josemar Rodrigues, Jorge Erimar, Manoel de Duda e Rosa Queiroz. Foram contratados 79 funcionários.

1997 – Renasce a esperança do Coxixolense com 52 famílias da zona rural recebendo a luz elétrica.

2000 – Acontece a 2ª eleição em que Givaldo Limeira foi reeleito tendo como vice-prefeito o sr. Nelson Honorato (PFL) . Eles disputaram com o sr. José Dudu e Sebastião Juvenal Filho (PMDB). A diferença foi de 278 votos. Foram eleitos vereadores: Alexandre Neves, Genilson Santos, Genival Batista, Josemar Rodrigues, José Neves(Zé de Galego), Jordi Queiroz, Manoel Constantino, Robério Gonçalves e Sebastião Antonio de Sousa. Com o falecimento do sr. Manoel Constantino no ano de 2001, tomou posse o sr. Miguel Damião Filho (Gué).

2002 – São inauguradas a prefeitura (que antes funcionava na casa vizinha à Igreja São José) e também o Ginásio de esportes.

2003 – Teve início a construção da Câmara Municipal.

BANDEIRA

Nossa bandeira foi criada durante uma gincana ocorrida na Escola Estadual em 1998 em que a turma do 2º Ano do Ensino Médio saiu vitoriosa nesse quesito. Com ajuda da professora Laurizy Ferreira que foi desenhando em cartolina conforme as ideias e indicações dos alunos: Adeilza Salvador, Adriana Almeida, Andre Neves, Cristiane Ferreira, Daniel Dantas, Gilson Santos, Laiucio e Laércio Santos, Luziane Melo e Marcelo Neves. O início do desenho foi na sede da prefeitura à época (casa do atual prefeito Nelsinho) e conclusão no chalé (hoje casa Paroquial) que na época serviu de escola onde funcionou o Ensino Médio quando instalado. Nível de ensino trazido após muita “luta” do Dr. José Tomaz Neves (ex-professor e que viria a ser vice-prefeito de Coxixola). Tomaz foi o grande idealizador da implantação do Ensino Médio no município para evitar o deslocamento de alunos daqui até a cidade de S. Branca quando concluíam o Ensino Fundamental.

SIGNIFICADOS DE ELEMENTOS PRESENTES NA BANDEIRA

A cor branca predominante na bandeira foi escolhida porque na época do Plebiscito para Emancipação política, uma aluna da turma, no caso Adeilza Salvador, saiu do beco conhecido como beco de Zé Mago, carregando um pano branco e agitando intensamente para comemorar o resultado do SIM :que representava nossa independência. O brasão principal ao centro foi baseado no brasão da Paraíba, os três triângulos acima do brasão representam as for mas de relevo mais próximas: Serra da Palmatória, Serra do Coró e Serrote dos Bois. A pequena casa simboliza o cochicholo construído pelos caboclos para que os tropeiros pernoitassem. Ao lado da casa, um mandacaru que é símbolo da nossa vegetação: Caatinga. E à frente da casa um pequeno riacho que segundo a história havia próximo ao cochicholo. O sol e a larga faixa amarela simbolizam o clima da região, quente durante quase todo o ano. Ao lado do brasão há um “pé” de algodão, primeira atividade econômica do povoado e outro de milho, por ser ainda hoje cultivado pelos agricultores e servir de base para a cultura alimentícia local. No laço vermelho a data de aniversário do município e para completar o nome COXIXOLA.

HINO À COXIXOLA

O hino foi composto pela professora coxixolense Maria da Luz dos Santos Neves e a música é do maestro Antônio Guimarães. Abaixo, um registro escrito a punho pela própria autora, após receber do maestro sua composição adicionada da melodia.